domingo, 13 de março de 2011

O sal da Terra

"Vós sois o sal da terra,
e se o sal for insípido, com que se há de salgar?
Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens."
Mateus 5:13
  Instantes atrás, lembrei-me de uma música que há muito tempo havia me tocado, o nome dela é: O sal da Terra. Tal música, em segundos, fez-me refletir sobre a importância de sermos "sal da Terra". É verídico que em um mundo tal como o nosso, ser sal é essencial, ser sal é colocar tempero na vida de quem não tem, seja com uma palavra amiga, com um gesto fraterno ou com a simples escuta.
  É interessante tal importância, que até mesmo Jesus, apesar de já ter passado muito tempo de sua vinda, ressalta tal necessidade. O homem, com toda sua inteligência e beleza, tem cada vez menos preocupado com o bem estar social e com a natureza. Ele esquece-se dos outros e preocupa-se apenas com si; porém, apenas com a ajuda de todos, poderemos melhorar nosso planeta e fazê-lo mais "habitável".
  Uma comida sem sal, fica sem sabor, assim também é nossa vida se a entregamos ao tédio, fica sem sabor, sem gosto! Sendo assim, mudemos o mundo e  temperemo-lo com nosso sal, afinal:
      "Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois
        Prá melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão
        Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois."

domingo, 6 de março de 2011

A menina do "sem" amor!


  Havia uma menina que não amava, ou então pelo menos, não sentia o amor há anos. Há tanto tempo ela sofrera, que ela decidiu não amar ninguém, só curtir o que viesse ao seu encontro,sem se apegar, sem se envolver. Foi então que, nesse contexto, ela encontra Arildo, um rapaz que, ao contrário dela, era calmo, distraído, tímido. Aos poucos, Lara foi sendo cativada por ele, não por sua aparência física, mas sim pela  maneira que ele agia, a paciencia que ele tinha para fazer as coisas, a maneira que, aparentemente, ele se encantava com as coisas quando ia resolvê-las. Ela, sempre muito rápida, nunca parava para fazer as coisas, nem as observava direito, parecia mais uma máquina,sendo assim, nele, ela pôde perceber, o seu oposto mais intrínseco e isso, a divertia. Porém, a medida em que eles se aproximavam, Lara lutava para distanciar-se, embora soubesse que isso era algo quase impossível.
   Já dizia Antoine de Saint-Exupéry: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.", e ele, a cada dia que se passava, a cativava mais. Os dois então, começaram a se encontrar cada vez mais, saiam para dar voltas pelas ruas e jogar conversa fora, para ir na biblioteca e pegar aqueles livros que ambos gostavam (embora fossem tão diferentes); e, ao seu lado, Lara sentia a brisa tocar-lhe, sentia o coração palpitar.Sua voz macia aplacava-lhe a dor e seu cheiro a fazia estremecer. Seria o amor indo ao seu encontro?
    Não se esqueça porém, querido leitor, que ela lutava contra o amor! Sendo assim, apesar de tudo isso, Lara era uma ótima fingidora, fingia tanto, que chegava a acreditar que não o amava, que tudo isso não passava de uma grande e sincera amizade. Os amigos, porém, já haviam percebido o romance que pairava no ar. Com isso, os dias foram se passando e a intimidade foi ficando maior, até que, enfim, surgiu um dia, em que, Lara foi surpreendida por um beijo de Arildo no parque, enquanto eles conversavam. Lara sentiu a "bateria de samba" no coração, porém, não deixou levar-se por mero detalhe, afinal, era apenas uma "amizade colorida". E foi assim, que, tal amizade e tal intimidade aumentaram (eles continuavam, apesar disso, com esse "romance incrustado") .
   Porém, querido leitor, não há nada que o tempo não resolva. E, nesse clima de amor, então, aos poucos, mas gradativamente, Lara, a menina do "sem" amor, aprende a amar e a ser amada!